sábado, 18 de julho de 2009

Já dizia o ditado... (Autor Desconhecido)


"O que é do homem, o bicho não come".

Não adianta.
Aconteça o que acontecer,
passe o tempo que for,
que venham ventos e tempestades (...).

Se for aquele mesmo o seu grande e verdadeiro amor,
e que mereça receber tudo de melhor
que você tenha a oferecer,
ele será realmente seu.

Seja hoje, amanhã, ou daqui alguns anos.
Na hora certa e quando você menos esperar,
de uma vez por todas, ele será seu!



As coisas acontecem quando chega a hora.
(Zibia Gasparetto)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O que eu era quando cresci (Anne Crystie)

As vezes finjo ter dezoito anos, pra acessar fotos de putaria e assistir à filmes de terror.
Uma vez dezessete, pra não pagar multa e fugir de casa.
Quinze só quando gosto de dançar música clássica e levar o namorado à pizzaria.
Uma dúzia é pra brincar de bonecas e levar absorvente na mochila.
Quando finjo os nove, é porque quero logo ter dez.
Seis anos pra vestir beca e cantar a musiquinha da barata.
Os quatro servem pra andar de bicicleta e não engolir as peças do monta-monta.
Número um pra fazer aniversário e ser que nem a Brahma.
Agora vou fingir nem idade ter. Só assim nunca saberei as besteiras que escrevi aqui.
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O que eu era quando cresci
Escrito por Anne Crystie.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Fardada a isso (Anne Crystie)

E eu vou cursar este meu caminho,
parando para contemplar
as pessoas que são
o que eu já fui um dia.

São amores
cantores,
poetas.

São flores,
atores,
e claro, patetas.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Malandragem (Cássia Eller)

Quem sabe eu ainda
Sou uma garotinha,
Esperando o ônibus
Da escola, sozinha.
Cansada com minhas
Meias três quartos,
Rezando baixo pelos cantos
Por ser uma menina má.
Quem sabe o príncipe
Virou um chato,
Que vive dando no meu saco.
Quem sabe a vida é não sonhar!
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem,
Pois sou criança
E não conheço a verdade.
Eu sou poeta
E não aprendi a amar!
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
Bobeira é não viver a realidade!
E eu ainda tenho
Uma tarde inteira.
Eu ando nas ruas,
Eu troco um cheque...
Mudo uma planta de lugar.
Dirijo meu carro,
Tomo o meu pileque...
E ainda tenho tempo
Prá cantar!
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem,
Pois sou criança
E não conheço a verdade.
Eu sou poeta
E não aprendi a amar!
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
(...)
Quem sabe eu ainda sou
Uma garotinha!