quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tempo verbo (Anne Crystie)

São cinco para às três no meu relógio de parede-parado.

E quantos segundos não fazem que meu tempo se foi?
Quantos minutos que o meu rumo mudou?
Ou quantas horas que o meu mundo acabou?

Passam-se os meses, e eu vou riscando no anuário os dias mortos.
Porque é isto que sou: rasbiscos de matéria sem vida que amanheceu um dia, um mês, um ano.
Sou a energia que habita o tempo!

Habitou.

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O que eu te falo nunca é o que te falo e sim outra coisa. (Clarice Lispector)