terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Noites Brancas (Fiódor Dostoiévski)

Fiódor Dostoiévski,
em seu livro Noites brancas.

- Sabe por que estou eu tão contente? - perguntou-me ela - e me sinto tão satisfeita em vê-lo? Por que estou tão carinhosa com você?

- Diga - perguntei eu, e o meu coração batia...

- Pois eu lhe tenho toda esta amizade porque você não se apaixonou por mim. Outro, no seu lugar, teria começado por me importunar e aborrecer, teria suspirado e fingido que estava doente. Mas você foi tão franco e tão simples!

E apertou-me a mão com tanta força que por pouco eu não gritava. E riu outra vez.

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O que eu te falo nunca é o que te falo e sim outra coisa. (Clarice Lispector)